Com o cenário de desemprego no Brasil cada vez pior e em lenta recuperação, o Bolsa Família se tornou o novo seguro-desemprego em muitas cidades, inclusive em regiões com grande potencial financeiro.
Levantamentos apontam que os municípios mais ricos, mas que perderam vagas de emprego nos últimos anos, são os que mais estão tendo novos beneficiários nesse Programa.
Uma pesquisa feita pelo Globo mostrou que dos 15 municípios onde houve crescimento do programa, que têm número de habitantes superiores a 100 mil, 11 possuem um per capita acima da média nacional.
Desemprego prolongado é o principal fator que leva o Bolso Família a ser o novo seguro-desemprego
A transformação do Bolsa Família no novo seguro-desemprego se deve principalmente ao fato de que os grandes centros urbanos estão tendo um desemprego prolongado. Como o seguro desemprego em si só dura cinco meses, muitas pessoas acabam tendo que aderir ao programa para conseguirem sobreviver.
Especialistas apontam que a iniciativa está passando por uma situação inédita. Além de atender o o indivíduo que vive na condição de pobreza há algum tempo por conta de toda a estrutura social, o Bolsa Família também está tendo que atender o chamado pobre eventual.
Ou seja, pessoas que viram a fonte de renda acabar de uma hora por outra e que hoje se encontram em uma condição financeira pouco favorável.
Além disso, é preciso lembrar que para muitos o auxílio mensal que em média é de R$ 190 por mês (por grupo familiar) é o que ajuda diretamente na busca de emprego. Muitas pessoas utilizam parte do valor para se locomoverem em busca de oportunidades, além de tentar manter a família.
Os especialistas apontam que a Bolsa Família deve deixar de ser o novo seguro-desemprego assim que o mercado de trabalho conseguir absorver parte do número de desempregados. Com isso, o número de dependentes da iniciativa deve cair.
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