O congelamento do salário mínimo, nova proposta feita pela equipe de estudos de economia do Governo Federal, já vem gerando inúmeros debates. Isso porque, se realmente houver o fim da correção do salário mínimo pela inflação no caso de desequilíbrio e crises fiscais, cerca de 34 milhões de segurados e beneficiários do INSS, serão afetados.
Segundo o que diz a equipe econômica criada pelo Governo, esse congelamento poderia render cerca de R$ 37 bilhões de economia aos cofres públicos.
Muitos especialistas não concordam com o congelamento do salário mínimo
Alguns especialistas já demonstraram que não concordam com o congelamento do salário mínimo. É o caso, por exemplo, do presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados e Pensionistas, João Batista Inocentini.
Segundo o presidente do SNAP, o Governo não pode querer mudar algo que já foi discutido e que está presente na Constituição de 1988.
Vários parlamentares e sindicalistas têm afirmado que há falta de uma política de valorização do mínimo. Até mesmo o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) está batendo nessa tecla.
Ele também falou sobre a questão da retomada do emprego no país. Para ele a questão da desoneração da folha de pagamento não é a única alternativa. Ele afirma que falta recuperar a demanda antes de qualquer coisa.
O sindicalista Inocentini afirma que atualmente a política de congelamento do salário mínimo já gera aumentos irrisórios para os segurados do INSS e com o congelamento isso só iria piorar. Nesse caso, os principais afetados seriam os aposentados, que teriam aposentadorias cada vez menores, e também teria o poder de consumo diminuído.
Já o Governo afirma que cada R$ 1 que aumenta no salário mínimo, as contas do Governo sobem em R$ 302 milhões.
Qual a sua opinião sobre o congelamento do salário mínimo? Você acredita que essa é a melhor alternativa para a recuperação econômica?