Motorista de caminhão foi a profissão com mais ocorrências de desligamentos por morte no ano passado segundo levantamento do Portal Salario junto a dados oficiais do Novo CAGED, eSocial e Empregador Web no período de 01/2021 a 12/2021 no Brasil.
No total, foram 5.237 registros de vínculos trabalhistas encerrados por mortes de caminhoneiros no período da pesquisa.
O levantamento leva em consideração somente profissionais registrados em regime CLT de todo o Brasil.
São Paulo e Paraná são os estados com mais desligamentos desse tipo
O levantamento mostra também que os estados de São Paulo e Santa Catarina lideram o ranking de empresas com profissionais que foram demitidos nessa condição. Veja a lista:
- São Paulo – 1.789;
- Paraná – 633;
- Minas Gerais – 580;
- Santa Catarina – 454;
- Rio Grande do Sul – 365.
Jornada exaustiva, descanso inadequado e pressão das cargas horárias podem ser algumas das causas
Jornadas exaustivas dirigindo por longas horas, pouco descanso e a pressão por entregas no horário são algumas das causas prováveis de acidentes com caminhoneiros no Brasil.
Muitas dessas cargas são perecíveis, com horário estipulado de coleta e entrega, o que traz uma pressão adicional de algumas empresas com seus colaboradores para a descarga rápida e o caminhão vazio para o próximo carregamento.
Com autônomos, números seriam bem maiores
Levando em consideração que grande parte dos motoristas de caminhão no Brasil trabalham como autônomos ou MEIs, e que portanto não entram nesse levantamento, o número de mortes na categoria deve ser bem maior.
Não é possível mensurar na pesquisa quantas dessas mortes foram no trânsito, na estrada, de causas naturais ou devido a pandemia por exemplo, já que motoristas de caminhão pertence a uma das categorias que prestaram serviços essenciais durante a pandemia e não puderam parar.
Mas podemos observar que proporcionalmente o motorista de caminhão é o mais vulnerável a acidentes com morte no Brasil, já que caminhoneiros não estão no topo das profissões mais contratadas pelo mercado de trabalho brasileiro segundo o Novo CAGED.