CBO 2515-25 - Psicólogo jurídico - Descrição do cargo, funções, competências e atividades exercidas pelos psicólogos e psicanalistas
O profissional no cargo de Psicólogo jurídico CBO 2515-25 Atua no ambiente da justiça na perspectiva psicológica dos fatos jurídicos, em serviços que compõem o sistema de segurança pública e o sistema de garantia de direitos que executam sentenças judiciais, fornecendo subsídios ao processo judicial, colaborando no planejamento e execução de políticas de cidadania, de direitos humanos e na prevenção da violência Realiza procedimentos técnicos de acolhimento, orientação, avaliação e encaminhamento dos indivíduos ligados aos processos judiciais nas áreas do direito penal, da família, civil, do trabalho e direito da criança e adolescente.
Elabora documentos psicológicos para o sistema de justiça Promove intervenções na mediação e solução de conflitos Realiza intervenções psicossociais, na perspectiva multiprofissional e interdisciplinar, em cumprimento de medidas de segurança.
Contribui para a formulação, revisão e interpretação das leis
CBO 2515-25 é o Código Brasileiro da Ocupação de psicólogos e psicanalistas que pertence ao grupo dos profissionais das ciências sociais e humanas, segundo o Secretaria da Previdência e Trabalho do Ministério da Economia.
Confira funções, descrição do cargo de Psicólogo jurídico, atividades principais, atribuições, mercado de trabalho, dados salariais oficiais atualizados para a função, bem como o salário pago para os Psicólogos e psicanalistas CBO 2515-25 em todo Brasil.
Divisões de categorias profissionais do CBO 2515-25
- Profissionais das ciências e das artes.
- Psicólogos e psicanalistas.
- Profissionais das ciências sociais e humanas.
O que faz um Psicólogo jurídico
O Psicólogo jurídico CBO 2515-25 presta atendimentos psicológicos avaliando as condições intelectuais, psicológicas e emocionais de crianças, adolescentes e adultos em conexão com processos jurídicos em diferentes áreas do direito, aplicando métodos e técnicas psicológicas, examinando documentos dos autos, entrevistando as partes, realizando escuta individual, analisando a cronologia de incidentes, avaliando comportamentos psicológicos Seleciona e emprega instrumentos e métodos de avaliação, mensurando, analisando e registrando resultados.
Auxilia a Justiça da Infância e Juventude técnica e cientificamente, como membro de equipes multiprofissionais, com vistas à garantia de direitos e proteção integral à criança e ao adolescente, provendo suporte emocional, promovendo a criação de vínculo de confiança com o assistido, interpretando, mediando e elucidando conflitos e questões.
Atua como perito judicial no âmbito dos tribunais de justiça nas varas cíveis, criminais, justiça do trabalho, da família e da criança e do adolescente, realizando atividade pericial e elaborando laudos psicológicos e pareceres para serem anexados aos processos Atua em programas socioeducativos, de prevenção à violência, de atendimento às necessidades de crianças e adolescentes em situação de risco, abandonados ou infratores, realizando intervenções psicossociais vinculadas à justiça, em colaboração e articulação com os serviços das diferentes instituições e políticas públicas, em cumprimento de medida de segurança, em articulação com a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS).
Executa serviços psicológicos vinculados às medidas socioeducativas e medidas de acautelamento de adolescentes que respondem por autoria de ato infracional, buscando a garantia da inserção do adolescente e sua família na rede de proteção integral, com vistas ao seu pleno desenvolvimento Assessora a defensoria pública, auxiliando na realização de mediações de conflitos e conciliações, elaborando laudos e encaminhando casos à rede de serviços públicos, identificando serviços de saúde, educação, assistência social e encaminhando os usuários para serviços especializados pertinentes.
Realiza ações de orientação no sistema prisional, utilizando métodos e técnicas adequados para estabelecer tarefas educativas e profissionais que os internos possam exercer nos estabelecimentos penais, orientando a administração e os colegiados do sistema penitenciário sob o ponto de vista psicológico.
Assessora órgãos de execução penal na formulação de políticas penais e de treinamento de trabalhadores do sistema penitenciário identificando, analisando e interpretando histórica e epistemologicamente as variáveis que constroem a lógica do encarceramento Elabora e executa ações e programas no âmbito de instituições penais, com vistas à garantia do direito à individualização da pena e às medidas alternativas à prisão, oferecendo atendimento psicológico a pessoas privadas de liberdade, em medida de segurança, bem como a suas famílias.
Desenvolve pesquisas visando à construção e ampliação do conhecimento psicológico aplicado ao campo do direito e à formulação de políticas de segurança pública.
Elabora projeto de pesquisa, definindo os objetivos, pesquisando bibliografia, definindo metodologias, estabelecendo parâmetros de pesquisa, definindo instrumentos de pesquisa, coletando, organizando e analisando dados, elaborando conclusões e documentando a pesquisa Participa de atividades de divulgação, palestras, debates, entrevistas, congressos, seminários e simpósios Publica artigos, livros científicos e notas técnicas na área da psicologia jurídica.
Pode fazer parte de conselhos de direitos nas esferas municipais, estaduais ou federal, atuando nas ações de controle social de políticas públicas Realiza tarefas administrativas, preenchendo formulários, organizando prontuários, sistematizando informações, fazendo levantamentos estatísticos, elaborando pareceres, laudos e perícias.
Funções do cargo
O funcionário CBO 2515-25 deve orientar indivíduos, grupos e instituições, demonstrar competências pessoais, avaliar comportamentos psíquicos, desenvolver pesquisas experimentais, teóricas e clínicas, analisar - tratar indivíduos, grupos e instituições, realizar tarefas administrativas, coordenar equipes e atividades, acompanhar indivíduos, grupos e instituições, participar de atividades para divulgação profissional, educar indivíduos, grupos e instituições.
Condições de trabalho dessas profissões
Psicólogos e psicanalistas os cargos dessa família CBO atuam, principalmente, em atividades ligadas a saúde, serviços sociais e pessoais e educação. Podem trabalhar como autônomos e/ou com carteira assinada, individualmente ou em equipes. É comum os psicólogos clínico, hospitalar, social e neuropsicólogos trabalharem com supervisão. Têm como local de trabalho ambientes fechados ou, no caso dos neuropsicólogos e psicólogos jurídicos, pode ser a céu aberto. Os psicólogos clínicos, sociais e os psicanalistas, eventualmente, trabalham em horários irregulares. Alguns deles trabalham sob pressão, em posições desconfortáveis durante longos períodos, confinados (psicólogos clínicos e sociais) e expostos a radiação (neuropsicólogo) e ruídos intensos. A ocupação psicanalista não é uma especialização, é uma formação, que segue princípios, processos e procedimentos definidos pelas instituições reconhecidas internacionalmente, podendo o psicanalista ter diferentes formações como: psicólogo, psiquiatra, médico, filósofo etc.
Exigências do mercado de trabalho para o CBO 2515-25
Para os trabalhadores dessa família é exigido o nível superior completo e experiência profissional que varia segundo a formação. Para os psicólogos, de um modo geral, pede-se de um a quatro anos, como é o caso do psicólogo clínico. Para o psicanalista é necessário, no mínimo, cinco anos de experiência. Os cursos de qualificação também variam de cursos básicos de duzentas a quatrocentas horas- aula, como no caso do psicólogo hospitalar, mais de quatrocentas horas-aula para os psicólogos jurídicos, psicanalistas e neuropsicólogos, até cursos de especialização para os psicólogos clínicos e sociais. A formação desses profissionais é um conjunto de atividades desenvolvidas por eles, mas os procedimentos são diferentes quanto a aspectos formais relacionados às instituições que os formam.
Atividades exercidas por um Psicólogo jurídico CBO 2515-25
Um Psicólogo jurídico (ou sinônimo) deve prestar consultoria/assessoria, elaborar diagnósticos, providenciar aquisição de material técnico, padronizar testes, prover suporte emocional, elucidar conflitos e questões, ministrar aulas, cursos e palestras, levantar dados pertinentes, facilitar grupos, definir problema e objetivos, elaborar processo de alta, informar sobre desenvolvimento do psiquismo humano, demonstrar capacidade de observação, dar devolutiva, respeitar valores e crenças dos clientes, promover desenvolvimento das relações interpessoais, demonstrar interesse pela pessoa/ser humano, demonstrar capacidade de contornar situações adversas, fornecer subsídios a estratégias e políticas organizacionais, elaborar pareceres, laudos e perícias, demonstrar habilidade de questionar, acompanhar resultados de projetos, mensurar resultados de instrumentos de avaliação, publicar artigos, ensaios, livros cientifícos e notas técnicas, realizar acompanhamento terapêutico, triar casos, desenvolver cursos para grupos específicos, propor intervenções, analisar dados, acompanhar a evolução da intervenção, organizar eventos, planejar as atividades da equipe, estudar casos, respeitar os limites de atuação, definir metodologias de ação, avaliar resultados, aconselhar pessoas, grupos e famílias, investigar o psiquismo humano, promover desenvolvimento da percepção interna - insight, selecionar recursos humanos, trabalhar em equipe, elaborar projetos, organizar dados, coordenar grupos de estudo, mediar conflitos, propiciar espaço para acolhimento de vivências emocionais - setting terapêutico, supervisionar estagiários da área e áreas afins, promover integração psíquica, demonstrar capacidade de manter imparcialidade, participar de palestras, debates e entrevistas, visitar instituições e equipamentos sociais, elaborar manuais, propiciar criação de vínculo paciente-terapeuta, auxiliar na formulação de políticas públicas, participar de conselhos municipais, estaduais e federais, participar de reuniões científicas - congressos, seminários e simpósios, distribuir tarefas a equipe, sistematizar informações, entrevistar pessoas, acompanhar o desenvolvimento de profissionais em formação e especialização, participar de plantão técnico, observar pessoas e situações, participar de comissões técnicas, convocar pessoas, investigar pessoas, situações e problemas, acompanhar egressos de tratamento, programar atividades, realizar encaminhamento, trabalhar a dinâmica da equipe, acompanhar plantões de visita do tribunal de justiça, avaliar propostas e projetos, preencher formulários e cadastro, orientar mudança de comportamento, organizar prontuários, participar de entidades de classe, fornecer subsídios a elaboração de legislação, propiciar recursos para o desenvolvimento de aspectos cognitivos, construir instrumentos de pesquisa, apresentar estudos de caso, demonstrar capacidade de raciocínio abstrato, manter sigilo profissional, avaliar a execução das ações, aplicar instrumentos e métodos de avaliação, analisar resultados de instrumentos de avaliação, investigar o comportamento individual, grupal e institucional, visitar domicílios, elaborar instrumentos de avaliação administrativa, formar especialistas da área, agendar atendimentos, acompanhar impactos de intervenções, coordenar reuniões, acompanhar a evolução do caso, coletar dados, pesquisar bibliografia, supervisionar profissionais da área e áreas afins, identificar recursos da comunidade, interpretar conflitos e questões, tornar consciente o inconsciente, ouvir ativamente - saber ouvir, estabelecer parâmetros de pesquisa, capacitar profissionais, escolher o instrumento de avaliação.