CBO 6323-10 - Trabalhador da exploração de babaçu - Descrição do cargo, funções, competências e atividades exercidas pelos extrativistas florestais de espécies produtoras de fibras, ceras e óleos
O profissional no cargo de Trabalhador da exploração de babaçu CBO 6323-10 realiza exploração de babaçu - espécie com presença expressiva no estado do Maranhão - coletando e quebrando cocos, separando amêndoas das cascas, extraindo óleo das amêndoas, de forma artesanal ou com uso de recursos mecanizados, e comercializando óleo para fabricação de biodiesel e aplicações nas indústrias, como a cosmética e a alimentícia Programa colheita e beneficiamento de frutos e folhas, selecionando instrumental e recursos manuais, semimecanizados ou mecanizados.
Pode adotar práticas agrícolas, para aumentar a produtividade das palmeiras Pode integrar cultivo orgânico de hortaliças ao extrativismo Cumpre legislação, normas técnicas, normas de qualidade e normas regulamentadoras de saúde e segurança no trabalho, de prevenção de incêndios e de preservação ambiental.
CBO 6323-10 é o Código Brasileiro da Ocupação de extrativistas florestais de espécies produtoras de fibras, ceras e óleos que pertence ao grupo dos pescadores e extrativistas florestais, segundo o Secretaria da Previdência e Trabalho do Ministério da Economia.
Confira funções, descrição do cargo de Trabalhador da exploração de babaçu, atividades principais, atribuições, mercado de trabalho, dados salariais oficiais atualizados para a função, bem como o salário pago para os Extrativistas florestais de espécies produtoras de fibras, ceras e óleos CBO 6323-10 em todo Brasil.
Divisões de categorias profissionais do CBO 6323-10
- Trabalhadores agropecuários, florestais e da pesca.
- Extrativistas florestais de espécies produtoras de fibras, ceras e óleos.
- Pescadores e extrativistas florestais.
O que faz um Trabalhador da exploração de babaçu
O Trabalhador da exploração de babaçu CBO 6323-10 programa a colheita dos frutos da palmeira babaçu no período de pico da produção na região onde atua Seleciona instrumental e recursos manuais, semimecanizados ou mecanizados.
Faz o reconhecimento geral da área para localizar concentração das palmeiras – babaçual – e desenha mapa, detalhando os caminhos para coleta, identificando pontos que possam servir de referência – como nomes de estradas ou varadouros de acesso à área e indicação de rios ou igarapés - e, se possível, fazendo levantamento das coordenadas geográficas com uso do GPS-Sistema de Posicionamento Global (Global Position System).
Estima a capacidade produtiva da área de extração Registra os dados.
Realiza a colheita, abrindo caminho pela área de extração, recolhendo os frutos maduros caídos recentemente no solo e utilizando vara para auxiliar na derrubada dos frutos (cocos) maduros Pode adotar práticas agrícolas – como raleio, adubação e outros tratos culturais – para aumentar a produtividade das palmeiras de babaçu.
Pode integrar o extrativismo dos babaçuais ao cultivo orgânico de hortaliças, como fonte de renda complementar.
Instala as hortas em áreas planas, com boa drenagem e com luz solar, que passa entre as palmeiras No plantio das hortaliças, emprega os babaçuais como fontes naturais de matéria orgânica.
Leva em consideração que o cultivo de hortaliças não compromete a coleta de cocos.
Abre trilhas para o transporte da produção de cocos, com menor impacto ambiental possível Amontoa os cocos, após retirados da área de coleta, para realização da quebra Pode adotar método tradicional (artesanal), usando ferramentas – como machado, macete, entre outras - para quebrar o coco e separar as amêndoas da casca.
Pode adotar método mecanizado, utilizando equipamentos para quebrar o coco e separar as partes Extrai o óleo de forma artesanal, utilizando as amêndoas nos processos de secagem, torrefação, escorrimento em peneira metálica ou de palha, trituração, cozimento com água, para o óleo se separar da água e concentrar-se na superfície, evaporação do restante da água, filtragem e embalagem do óleo Direciona o óleo para o consumo próprio, a venda no mercado local e a fabricação de sabão.
Realiza a extração do óleo com recursos mecanizados, colocando as amêndoas para secagem ao sol e passando-as em máquina para moagem e em prensas mecânicas Deixa o óleo extraído decantar um a dois dias.
Coloca o óleo em vasilhames adequados para a venda do produto Usa a amêndoa moída e prensada - denominada torta – como um subproduto, vendendo-o como ração animal para caprinos Pode obter outros produtos, fazendo pães, biscoitos, bolos e mingaus com a farinha do mesocarpo do babaçu, e preparando carvão - fonte de combustível em várias regiões - com a casca do coco.
Pode coletar folhas da palmeira, para produção de diversos artesanatos - como cestarias, cobertura para casas, e forrageira, que serve, na época da seca, como alimento para o gado Conserva a limpeza e a organização dos locais de trabalho Mantém ferramentas, utensílios e instrumentos de trabalho limpos, organizados, acondicionados e em plenas condições de uso e funcionamento.
Faz a conservação de máquinas e equipamentos e providencia os serviços periódicos para sua manutenção Executa práticas para mitigar danos ambientais e combater incêndios, como reflorestamento de áreas degradadas Trabalha com segurança, usando equipamentos de proteção individual, tais como bota, capacete e luvas.
Pode prestar primeiros socorros.
Funções do cargo
O funcionário CBO 6323-10 deve demonstrar competências pessoais, extrair fibras, ceras e Óleos, beneficiar fibras, ceras e Óleos, armazenar matéria-prima e produtos, colher frutos de palmeiras e Árvores, comercializar matéria-prima e produtos, manejar extração e beneficiamento de fibras, ceras e Óleos.
Condições de trabalho dessas profissões
Extrativistas florestais de espécies produtoras de fibras, ceras e óleos trabalham predominantemente em silvicultura, exploração florestal, agricultura, pecuária e serviços relacionados a essas atividades. O trabalho é desenvolvido em equipe, com supervisão ocasional, a céu aberto, no período diurno. No exercício das atividades, os trabalhadores estão sujeitos a ruídos intensos, altas temperaturas e posição desconfortável por longos períodos. Os trabalhadores da exploração de andiroba, piaçava e coco-da-praia desenvolvem suas atividades em alturas elevadas expondo-os a riscos.
Exigências do mercado de trabalho para o CBO 6323-10
O acesso ao trabalho é livre, sem exigência de escolaridade ou formação profissional.
Atividades exercidas por um Trabalhador da exploração de babaçu CBO 6323-10
Um Trabalhador da exploração de babaçu (ou sinônimo) deve registrar produção, colher andiroba, buriti pequi, babaçu e ouricuri em solo, dispor cera de carnaúba e óleo de babaçu em tanques, apagar incêndios, pilar pequi, ouricuri e babaçu, coar óleos de bacaba, copaíba, babaçu, ouricuri e pequi, enlatar óleos, arrendar área de extração, colher cachos de buriti , ouricuri, babaçu, tucum, coco-da-praia e bacaba em copas, transportar matéria-prima e produtos, limpar instalações, vender produtos, ferver pó de carnaúba e amêndoas de ouricuri, babaçu e pequi, adaptar-se a ambientes silvestres, demonstrar concentração em manuseio de equipamentos cortantes e máquinas, calcular capacidade produtiva da área de extração, orientar equipe de trabalho, pesquisar mercado fornecedor de fibras, ceras e óleos, aceirar área de extração, medir produção de óleo, ensacar pó, cera de carnaúba e ralão de babaçu e ouricuri, descascar coco-da-praia, babaçu, pequi, ouricuri e andiroba, separar óleo e ralão de babaçu, abrir caminho para área de extração, apresentar força física para subir em árvores, encaixar foice em varas de bambu, providenciar manutenção de equipamentos e veículos, negociar arrendamento de área de extração, acondicionar produtos embalados em veículos, apresentar resistência física, comprar insumos, selecionar equipe de trabalho, quebrar casca de cocos-da-praia e babaçu, suportar trabalhos em alturas elevadas, pesar matéria-prima e produtos, pesquisar mercado consumidor de fibras, ceras e óleos, vender matéria-prima.