CBO 7681-20 - Redeiro - Descrição do cargo, funções, competências e atividades exercidas pelos trabalhadores de tecelagem manual, tricô, crochê, rendas e afins

O profissional no cargo de Redeiro CBO 7681-20 tece rede de dormir e descansar, entrelaçando dois conjuntos de fios - urdidura e trama – em tear manual Prepara o trabalho, interpretando desenhos e confeccionando o molde da rede.

Pode produzir os fios a serem utilizados na tecelagem Opera urdideira, para confecção da urdidura Realiza o acabamento nas extremidades da rede, para receber os punhos, que mantém as redes suspensas nos armadores ou ganchos.

Ornamenta a rede com varandas, pregadas nas laterais das redes Controla a qualidade da rede finalizada, examinando as suas medidas e o seu acabamento Comercializa as redes produzidas, negociando preços com cliente.

Cumpre procedimentos técnicos e de qualidade e normas regulamentadoras de saúde e segurança no trabalho, de prevenção contra incêndios e de preservação ambiental

CBO 7681-20 é o Código Brasileiro da Ocupação de trabalhadores de tecelagem manual, tricô, crochê, rendas e afins que pertence ao grupo dos trabalhadores nas indústrias têxtil, do curtimento, do vestúario e das artes gráficas, segundo o Secretaria da Previdência e Trabalho do Ministério da Economia.

Confira funções, descrição do cargo de Redeiro, atividades principais, atribuições, mercado de trabalho, dados salariais oficiais atualizados para a função, bem como o salário pago para os Trabalhadores de tecelagem manual, tricô, crochê, rendas e afins CBO 7681-20 em todo Brasil.

Divisões de categorias profissionais do CBO 7681-20

• Trabalhadores da produção de bens e serviços industriais.
• • Trabalhadores de tecelagem manual, tricô, crochê, rendas e afins.
• • • Trabalhadores nas indústrias têxtil, do curtimento, do vestúario e das artes gráficas.

O que faz um Redeiro

O Redeiro CBO 7681-20 prepara o trabalho, interpretando desenhos, observando medidas e definindo padronagem da rede de dormir e descansar a ser produzida Confecciona o molde da rede.

Verifica a disponibilidade dos acessórios e materiais necessários.

Organiza o espaço de trabalho Pode produzir redes sob demanda.

Seleciona os fios, em função da padronagem Pode confeccionar os fios necessários à produção da rede, estirando, fiando e torcendo fibras – principalmente algodão, tingindo os fios, e enrolando os fios em novelos.

a partir das dimensões da rede a ser tecida, efetua o cálculo da urdidura - conjunto de fios dispostos paralelamente -, definindo o número de fios e o comprimento de cada um.

Opera a urdideira, entrelaçando e esticando fios, abrindo o urdume, e separando os fios estendidos Coloca a urdidura no tear manual.

Coloca a espula com fio dentro da lançadeira, para começar a tecer.

Opera o tear manual, usando pedais e lançadeira para fazer o entrelaçamento ordenado do conjunto de fios da urdidura - que são os fios dispostos no sentido longitudinal (do comprimento do tear) – com o conjunto de fios da trama, que são os fios dispostos no sentido transversal (da largura do tear) Aperta o fio da trama - com uso de pente (haste de madeira) -, para colocá-lo na sua posição correta Fixa os fios com nós de tecelão.

Emenda, manualmente, os fios partidos Pode usar diferentes cores, emendando fios de acordo com a padronagem definida Realiza o acabamento nas extremidades da rede – com tranças, bainha, malha ou grade com mamucabas - para receber os punhos.

Nas cabeceiras da rede, coloca os punhos, que mantém as redes suspensas nos armadores ou ganchos Ornamenta a rede com varandas - franjas confeccionadas em crochê ou macramê -, pregadas nas laterais.

Controla a qualidade da rede finalizada, examinando as suas medidas e o seu acabamento em relação ao desenho preestabelecido Comercializa as redes produzidas, definindo seus preços a partir do cálculo do custo Divulga as redes, inclusive apresentando suas fotos em redes sociais.

Participa de feiras e eventos da área de artesanato, para vender seus produtos Pode realizar a comercialização por meio de cooperativas ou outra forma de associativismo Negocia preços com clientes.

Embala as redes vendidas, providenciando sua entrega Controla o estoque de fios e demais materiais, realizando compra para reposição Conserva o local de trabalho limpo e organizado.

Mantém o tear e os acessórios limpos e em plena condição de uso e funcionamento Acondiciona fios e outros materiais utilizados Seleciona resíduos para reaproveitamento e faz descarte dos demais, seguindo os procedimentos apropriados de proteção do meio ambiente Trabalha com segurança, utilizando equipamentos de proteção individual, quando necessário Identifica e elimina condições inseguras no local de trabalho, prevenindo acidentes.

Observa princípios básicos de ergonomia.

Funções do cargo

O funcionário CBO 7681-20 deve comercializar produtos da tecelagem manual, confeccionar peças de crochê, operar tear, demonstrar competências pessoais, operar a urdideira - gaiola, confeccionar fios, tecer tecidos, confeccionar redes.

Condições de trabalho dessas profissões

Trabalhadores de tecelagem manual, tricô, crochê, rendas e afins os trabalhadores dessa família ocupacional atuam em setores ligados à fabricação de produtos têxteis e preparação de couros, fabricação de artefatos de couro, artigos de viagem e calçados. São profissionais autônomos ou empregados. Podem trabalhar individualmente ou em pequenos grupos, com total autonomia. Têm como local de trabalho ambientes fechados e horários irregulares. Freqüentemente trabalham em posições desconfortáveis, por períodos longos, expostos a materiais tóxicos, ruídos e pêlos.

Exigências do mercado de trabalho para o CBO 7681-20

A escolaridade desejável para acessar as ocupações de chapeleiro, redeiro, tecelão e tricoteiro é a formação mínima do ensino fundamental. Os crocheteiros e tecelões de tapetes têm, em geral, o ensino médio incompleto. Esses trabalhadores necessitam de cursos básicos de qualificação profissional com até duzentas horas-aula que podem ser ministrados em escolas especializadas ou por pessoas mais experientes, no próprio local de trabalho. A experiência profissional pode variar entre menos de um ano até quatro anos de atuação, dependendo da ocupação. São, majoritariamente, profissionais que se organizam de forma individual no trabalho com total autonomia de suas funções.

Atividades exercidas por um Redeiro CBO 7681-20

Um Redeiro (ou sinônimo) deve encher espolas, confeccionar franjas e varandas, estirar algodões, fixar fios com nós, tingir fios, tecer mamucabas, operar pedais, costurar redes, virar fios, confeccionar cordões, torcer algodões, selecionar materiais - fios, agulhas, linhas, navete, palheta, confeccionar carel - cabresto, persistir, negociar preço com clientes, demonstrar habilidade, pentear fios, definir custos das peças, transportar carretéis para tear, entrelaçar fios, unir fios conforme cores, embalar peças, providenciar entrega de peças, trocar espolas, esticar fios, fiar algodões, confeccionar o molde da peça, organizar cobistris, empunhar redes, demonstrar paciência, operar a lançadeira, divulgar produtos para comercialização, emendar fios de acordo com combinação das cores, enrolar fios em novelos, criar criatividade, encher carretéis.